As exportações brasileiras de carne suína alcançaram 807 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano, volume que supera em 11,8% os embarques realizados no mesmo período de 2022, com 722,8 mil toneladas.
Em receita, a alta acumulada é de 19,2%, com US$ 1,916 bilhão em 2023, contra US$ 1,607 bilhão no ano anterior.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), pela primeira vez na história, a média mensal das exportações de carne suína superaram o patamar de 100 mil toneladas.
De acordo com a entidade, os embarques do produto em agosto alcançaram 112,8 mil toneladas (considerando todos os produtos, entre in natura e processados). Com este número, a média acumulada neste ano chega a 100,9 mil toneladas mensais, superando o índice registrado no mesmo período comparativo (janeiro a agosto) de 2022, com 93,3 mil toneladas.
No comparativo com o mês de agosto de 2022, houve uma queda de 3,1%, considerando o total exportado no período do ano passado em 116,3 mil toneladas.
A receita das exportações do mês de agosto alcançou US$ 253,1 milhões, número 5,9% menor que o total registrado no oitavo mês de 2022, com US$ 269 milhões.
Destinos da carne suína brasileira
Entre os principais destinos das exportações em 2023, a China segue na liderança, com 282,9 mil toneladas, volume 4,5% superior ao registrado em 2022. Em seguida estão Filipinas e Hong Kong, ambos com 78 mil toneladas (+26,4% no caso de Filipinas e +17,7% para Hong Kong), e o Chile, com 56,6 mil toneladas (+73,7%).
“Melhor resultado da série mensal de 2023, o mês de agosto estabelece um novo patamar nas exportações de carne suína, pela primeira vez acima das 100 mil toneladas. Outro ponto marcante do mês foi o desempenho registrado pelo México, mercado recentemente aberto e que já figura entre os 10 principais destinos das exportações do setor”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No ranking dos maiores estados exportadores, Santa Catarina segue na liderança, com 62,7 mil toneladas exportadas em agosto (+1%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 22,9 mil toneladas (-19,8%) e Paraná, com 15,5 mil toneladas (+0,5%).
“A China continua sendo o principal mercado para os exportadores brasileiros, porém temos visto neste ano a presença cada vez maior de novos mercados com volumes relevantes e também de alto valor agregado. Para breve, por exemplo, já se esperam os primeiros embarques para o recém aberto mercado da República Dominicana” destaca o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.