INFECÇÃO RESPIRATÓRIA

Pleuropneumonia Suína: Ameaça à produtividade? Descubra como evitar

Biossegurança, monitoramento rigoroso e vacinação são estratégias essenciais para manter a saúde dos rebanhos e garantir a produtividade

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Foto: Envato

A pleuropneumonia suína é uma infecção respiratória grave causada pela bactéria Actinobacillus Pleuropneumoniae, conhecida popularmente como APP. A doença afeta os pulmões e a pleura, a membrana que os envolve, causando uma inflamação severa. Este problema é particularmente preocupante em suínos na fase de engorda, prejudicando seu desempenho zootécnico.

No quadro “Suinocultura é Tecnologia”, o médico-veterinário Luis Henrique Saraiva esclarece sobre a pleuropneumonia suína, uma ameaça para a produção suína. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista na íntegra.

O Ligados & Integrados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

A manifestação clínica da pleuropneumonia pode variar entre aguda, subaguda e crônica. Na forma aguda, os suínos apresentam tosse, dificuldade respiratória e, em casos graves, podem ser encontrados mortos com espuma e sangue nas narinas. A forma crônica, por outro lado, é mais insidiosa, com os animais mostrando perda gradual de desempenho sem sinais clínicos evidentes, mas apresentando lesões nodulares nos pulmões detectadas no abatedouro.

O diagnóstico da pleuropneumonia suína pode ser desafiador. Na fase aguda, os sintomas são mais visíveis, facilitando a identificação. Porém, na fase crônica, a doença é frequentemente detectada apenas no abatedouro, devido às lesões pulmonares crônicas. O médico-veterinário explica que para um diagnóstico precoce, é essencial que funcionários capacitados monitorem diariamente os animais.

“Com relação à idade nós precisamos nos preocupar principalmente com animais no início de recria, terminação que é a fase em que essa bactéria tende a causar mais problemas”, explica o veterinário.

Os impactos econômicos da pleuropneumonia suína são significativos. A doença provoca alta mortalidade e morbidade, resultando em perda de animais. Além disso, há custos elevados com tratamentos antimicrobianos e condenações de carcaças no frigorífico devido às lesões pulmonares, o que reduz o rendimento e a qualidade da carne.

Para prevenir a pleuropneumonia suína, é crucial adotar medidas rigorosas de biossegurança e monitoramento sanitário:

  • Origem dos animais: Garantir que os animais de reposição, como leitoas e marrãs, venham de fontes livres da doença, com monitoramento sanitário rigoroso.
  • Biossegurança: Implementar medidas de biossegurança, como quarentena e controle de acesso às granjas, para impedir a entrada e disseminação da bactéria.
  • Monitoramento diário: Realizar inspeções diárias para detectar precocemente qualquer sinal de doença e iniciar o tratamento imediatamente.
  • Vacinação: Utilizar vacinas comerciais ou autógenas eficazes para prevenir a infecção.

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