Vida no Campo

Família Ramos: produtor começou com granja arrendada e hoje administra 40 aviários

Conheça a história do seu Ramos, que passou de técnico agrícola para o maior avicultor do Distrito Federal

O avicultor Cacildo Ramos cresceu no município de São Francisco, no interior de São Paulo, próximo a São José do Rio Preto. Na adolescência, um amigo o convidou para estudar no colégio agrícola da região e lá ele teve o primeiro contato com a avicultura. “Por incrível que pareça, no colégio agrícola nós tínhamos uma granja e eu já comecei a trabalhar por ali com frango”, lembra. 

Ao se formar, foi trabalhar em uma empresa no Triângulo Mineiro e só oito anos depois se mudou para Brasília, onde viria a escrever a sua história como avicultor. “Eu costumo dizer que eu não sabia nem abrir um frango direito”, brinca seu Ramos. 

Primeiro ele trabalhou por 13 anos em uma empresa do setor avícola e, a partir de 1990, passou a investir na avicultura como produtor. O começo foi em uma granja arrendada, em Anápolis, Goiás. “Eu tinha muitos contatos com aviários e sonhava com um aviário para mim”. 

Na época, a empresa em que ele trabalhava criou um sistema de integração, o que para ele foi o pontapé inicial na atividade em uma sociedade com uma amigo. O maior desafio foi deixar a segurança do trabalho formal para se arriscar como empreendedor. “Quando você tem um emprego, você tem certeza de que vai receber salário. Quando você vira produtor, você trabalha com a incerteza”, pontuou. 

Família Ramos

A automatização da atividade foi uma das principais mudanças que acompanhou no setor. Quando começou era tudo manual e eram necessários muitos funcionários para dar conta de todas as atividades. “Hoje, com os galpões todos automatizados, um homem cuida de até 80 mil frangos. A tecnologia chegou, né?”.

Segundo o avicultor, o sistema de integração foi fundamental para a expansão que a sua produção alcançou. De uma granja arrendada, ele construiu um império de 40 granjas, no Distrito Federal. 

“Hoje o Ramos  é o maior produtor de Brasília. São nove propriedades, que no total são 40 aviários e cerca de 1,2 milhão de aves. Ele é um cara que está a frente do tempo dele. Sempre tenta renovar, trocar cortinados, melhorar o sistema de ventilação.”, disse João Antônio Matos, extensionista da Seara. 

Com quase 100 colaboradores, Ramos também conta com o apoio e a participação direta da maior parte da família no negócio. Mesmo a filha mais nova, que é formada em medicina psiquiátrica, tem planos para se engajar na avicultura. “Tem muita história e muito afeto envolvido. Além disso, é uma área que eu gosto”, contou Fanny Ramos, que pretende ingressar na atividade junto com o marido, que já atua na área de grãos.

O maior desejo de Ramos é ver os filhos dando continuidade ao negócio e ao legado que ele construiu junto com a esposa. “A gente fica na expectativa porque a gente pensa assim, quando eu sair do sistema, quero que isso continue”, disse ele. 

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