Essa história começa em um restaurante que fica na bifurcação entre a rua Major Quedinho com o viaduto 9 de Julho, no centro de São Paulo. O lugar foi inaugurado por portugueses, em 05 de dezembro de 1968.
Mas os atuais proprietários assumiram o bar só em maio de 1974. São 56 anos como ponto de referência de gastronomia e cultura nessa cidade que é conhecida como a capital gastronômica do Brasil.
“Eles (os proprietários) vieram de São José do Rio Pardo. Moravam em um sítio na zona rural de São José do Rio Pardo e trouxeram o pernil pra cá”, contou seu Cícero Tiezzi, gerente do Bar e Restaurante Estadão.
O espaço trabalha apenas com pernil fresco que tem um todo preparo diferenciado antes de compor o famoso e saboroso sanduíche servido pelo bar. O primeiro passo é o processo de salgamento.
“Chega a gente salga ele, põe na câmera de um dia para o outro que é pra ele e marinar pra ele pegar o sal. Depois, no outro dia a gente aça. Esse é o processo diariamente sempre de um dia para o outro na câmera pra poder pegar o sal”, explicou o também gerente, Antonio Alves de Moraes.
O pernil fica marinando por cerca de 12 horas. Depois segue para o forno. Cada fornalha prepara 8 pernis e demora 4 horas para pururucar, ou seja, deixar a pele assada e crocante, daquele jeitinho que a gente adora comer.
O restaurante recebe diariamente entre 40 a 45 peças de pernis por dia. Com uma peça é possível fazer 40 lanches por semana, o restaurante vende entre 1.500 a 2000 sanduíches.
“A carne suína bem feita, bem temperada, ela é muito saborosa. Então esse é o nosso diferencial. Você tem uma carne fresquinha, um produto fresquinho, bem temperado com alguns acompanhamentos a gosto do cliente, claro, nós temos várias opções que eu acredito que atenda toda nossa clientela”, disse Tiezzi.
Além das diversas combinações e sabores, o bar tem o balcão mais democrático da cidade. Isso porque abraça todos os perfis de público e até quem não é daqui. Pessoas que estão de passagem pelo centro da maior metrópole do país.
“É do tempero ao molho é a dedicação que a gente procura fazer o melhor para o cliente comer e falar assim: esse é bom, eu vou voltar”, reforçou seu Antonio.
Reportagem Michelle Jardin